quarta-feira, maio 31, 2006

TODO POR QUERER USAR OU FALAR EM GALEGO

No acto de feche, celebrado na Praza da Quintana, varios cidadáns e cidadás deron lectura ao manifesto “Porque temos, porque queremos, porque debemos”, no cal se pide que no novo Estatuto o galego apareza como “dereito e deber” e que conteña unha “carta de dereitos lingüísticos” como “garantía de primeiro nivel para que o galego supere a situación de cooficialidade subalterna”.

O presidente da Mesa pola Normalización Lingüística, Carlos Callón, fechou o acto cunha intervención na que subliñou que “sen o deber de coñecemento non haberá dereito de uso”. Callón considera que “igual que o novo Estatuto ten que servir para solucionar moitos problemas dos galegos e galegas, ten que servir tamén para evitar as discriminacións lingüísticas que aínda se continúan a producir na actualidade. Ten que ser un Estatuto de tolerancia cero coa discriminación lingüística e que non permita que os cidadáns e cidadás que queiran utilizar o galego sexan tratados como obxectores de consciencia”.

Cada artigo do manifesto final foi lido por unha persoa que representa unha problemática concreta que o novo Estatuto pode solucionar.

Mercedes Queixas, unha nai que ve como a escola lle está a cambiar a lingua aos seus fillos, leu a petición de “que se recoñeza ao galego a condición de lingua vehicular no ensino non universitario”.

Xunto a ela, Angel Penabad, reprendido por falar en galego nun estabelecemento de McDonald’s en Ferrol, reclamou “que se garanta o dereito de todas as persoas a ser atendidas oralmente e por escrito en galego, na súa condición de usuarias e consumidoras de bens, produtos e servizos”.

Pola súa banda, a xornalista de TVE Tareixa Navaza demandou “que se consigne o uso preferente do galego nos medios de comunicación públicos en Galiza, incluíndo por tanto a RNE e TVE”.

Carlos Outeiro e Ana Varela, que se viron obrigados a casar con intérprete, pediron “que se regule o uso preferente do galego por parte de todas as administracións situadas en Galiza, o cal inclúe tamén a Administración Xeral do Estado e a Administración de Xustiza”.

Lois Diéguez, que tivo que cambiar cinco veces de notario para poder facer a escritura de compra-venda en galego, leu a solicitude de que “todos os integrantes da maxistratura, notarías, fiscalías e rexistros, para prestar os seus servizos en Galiza, han de acreditar que teñen un coñecemento adecuado e suficiente do galego como para garantir o dereito de opción lingüística”.

Silvia Ribas, secretaria xeral de Fala Ceibe do Bierzo, demandou “que o Goberno galego fomente singularmente o uso da lingua galega nas zonas galegofalantes do exterior da comunidade autónoma de Galiza”.

Finalmente interviron Bieito Iglesias, Pilar García Negro, Anxo Gómez, Patricia Arias Chachero, Xosé Manuel Sardiña e Montse Irago, esta última despedida por falar en galego cos seus compañeiros de traballo.

Palestra de FALA CEIBE em Madri

Informaçom sobre a palestra de Fala Ceive em Madri Quarta feira

César Muiz Asturico.- Andava eu atarefado no meu trabalho, nesta vila grande por demais de Madri, eram as 12 horas e ia baixar com um cliente a fazer uma gestom, tivem para procurar um dado legal que entrar na Internet, roubei uns segundos e entrei tamém em Galizaunida@yahoogrupos.com, havia tempo que nom o figera, e oh meu Deus, neste 1 de Dezembro data na que em Portugal celebram a restauraçom da independência iniciada o 1 de Dezembro de 1640 contra do domínio castelhano, ia darmos duas palestras nesta cidade o Presidente de Fala Ceive Alberte Bautista, sobre umha cousa que chamava galego exterior, umha pola manhã num colégio universitário e outra na escola de idiomas central pola tarde. Como berciano e por tanto galego, nom entendia muito bem isso do galego exterior, mas o desejo enorme de poder escuitá-lo e sentir-me um pouco na minha terra, podia todo. [+...]Mudei a minha agenda, pois essa tarde eu fugiria para aboiar entre os montes dos nossos vales e olhar-me na superfície de aço que reflecte o Sil. Tomei numha cafetaria umha rápida refeiçom, deixei a conversa com um cliente e fum-me a descoberta da escola central de idiomas da cidade; eu conheço outros centros de este tipo na cidade, mas nom este. Eram às quatro e trinta quando perguntava no edifício pola tal conferência, nom dim com a pessoa indicada, mas antes de cair no desespero e pensar que estava errado na referência do sitio, um funcionário do centro trás ir consultar umhas folhas de actividades indicou-me o caminho certo. Ainda nom eram as 4:45 e já estava eu numha cadeira do fundo sala, aquilo estava ainda praticamente sem ninguém, mas eu sentia-me como o Castelao que escreveu em Buenos Aires ?Alva de Groria? As menos cinco estava o salom ateigado de publico. O público estava formado na imensa maioria por alunos e alunas e alguns ?curiosos? alheios como mim entre eles, a língua que se falava era o galego, ainda conversei com o companheiro da minha direita que resultou um de Madrid, sem laços com a Galiza e simples interessado na nossa cultura e que falava um galego excelente. Eram as cinco e ali à nossa frente achava-se Alberte Bautista, com a sua mirada límpida, acompanhado da que resultou umha das professoras de galego do Centro Ana Monteseirim (e que mais tarde viriamos a saber que era Eu-naviega). Seguia chegando gente, as cinco em ponto sufocado chegou um moço alto e moreno que saudou ou mais bem se apresentou ao conferencista, logo acabaria por saber que era um habitual da nossa lista o Alexandre Banhos. Entrarom mais duas pessoas fechou-se a porta e Ana fixo umha apresentaçom do Alberte cheia de calor familiar. Alberte começou explicando, quem era, como nasceu e se criou em Ponferrada, a sua história pessoal é um pouco um espelho do caminho percorrido por muitos galegos e galegas da zona, e logo afirmou que nom ha galego exterior, e com isso acabou de ganhar o meu coraçom; que ha galego que nom externo à Galiza, senom que é da Galiza mesmo, e que questões administrativas do estado espanhol, as do Sr. Xavier de Burgos e a sua divisom provincial, e o actual desenho das comunidades autónomas fai que haja galegos e galegas que estám em comunidades autónomas distintas da galega, e com umha limitaçom muito grave dos seus direitos linguísticos, com dous modelos, um muito agressivo cara o galego, que é o que temos em Astúrias, onde andam até a inventar línguas para nom reconhecer o galego, ainda que se está esperançado nos efeitos que poda ter a designaçom como responsável de política linguística do principado de Ramon d?Andrés, pessoa honesta que tem sempre reconhecido a realidade trilingue de Astúrias, mas de todos os jeitos, dixo, é melhor aguardar porque nunca se sabe; e outro mais ?tolerante? a partir da reforma do Estatuto de Castela-leom que permitiu o reconhecimento da língua galega e umha incorporaçom muito limitada desta ao ensino. Fixo a projecçom duns mapas acompanhados de interessantes dados sobre o Eu-Návia, O Berzo, e as Portelas, (Logo no colóquio umha garrida moça do concelho de Porto dixo que era melhor chamar-lhe alta-Seabra, fronte ao critério de Felipe Lubiám). Entrou numha vista singela mas precisa da dialectologia galega, e como o galego da franja leste e as suas características em nenhum caso estám limitadas ao território da Galiza, ?exterior? à Comunidade Autónoma da Galiza. Abriu-se um interessante colóquio onde a gente perguntava cheia de curiosidade. Alberte pudo explicar o papel tam importante que está tendo a cidade de Ponferrada na recuperaçom da língua o número de alunos que estám a demandar o galego, (e há que pensar que as exigências para existir a aula de galego som incríveis), e como medra o interesse pola língua e bon, que há umha atitude muito favorável neste poderoso núcleo que representa mais do 70 por cento da populaçom do Berzo; veu logo umha breve lembrança de todos os centros que tenhem galego, e das campanhas que realizam para continuar acrescentado-os, indicou e puxo um exemplo com um cartaz de como se conexta o galego com o português como elemento positivo. Lamentou que a Administraçom galega a pesar de que na Lei 3/83 de Normalizaçom Linguística fai referência e sinala obrigas com respeito a estes territórios, nom se preocupa com eles, e sim os galegos e galegas que tenhem enviado já vários miles de livros para a dotaçom das bibliotecas e centros. Saírom várias perguntas sobre política e língua na Franja Leste. Fixo um relatório bastante exaustivo de todas as organizações que nos territórios da Franja estám a prol da língua e a sua defesa, tivo umha mençom especial para o deputado nas Córtes de Castela polo Psoe Filipe Lubiám -um verdadeiro gigante a prol do galego-, dixo que ha que separar as reivindicações políticas das linguístico-culturais, ainda que os grupos políticos galegos si deveriam ter um compromisso claro com estes territórios. Desde o público levou duras críticas o Bloco Nacionalista galego, pois sendo a mais poderosa organizaçom política galega monstra total indiferença nesta matéria, ainda que lembrou o papel importante do BNG nas córtes do estado na reforma do Estatuto. Forom citadas outras organizações minoritárias que si que tinham outro posicionamento. Andavam na Escola com a semana da multiculturidade ou algo assim e no salom ia haver outra palestra, e tínhamos que deixar o espaço, a gente queria continuar, e o professorado fixo gestões para trasladarmos todos os que querer continuar a umha aula grande no quarto andar. Ali naquela aula onde estávamos todos apretujados, apresentou-se outra professora de galego da Escola, Neves; e entrementres Alberte seguiu a falar do tema, do grupo que preside, Fala Ceive, informou da situaçom do leonês, e como nom lhes é indiferente o que se faga a prol desta língua que está numha gravíssima situaçom no Berzo, e a falta de preocupaçom real dos leonessistas com ela, que nom a percebem mais que como um elemento de folclore no que nom se crê, e que resta de jeito compacto já só em duas pequenas áreas do Berzo: Perançais leste e parte da Cabreira. Apresentou a falta de prestígio que tem no Berzo o leonês frente a língua galega. Falou do órgulho de escutar a nenos e nenas de Ponferrada falarem em galego etc. etc. Havia que deixar a aula. A professora Eu-naviega, Ana, que estava com o rosto feliz e radiante polo sucesso da palestra e o interesse por um tema que lhe é tam achegado, indicou ao que quigera que podíamos descer a cafetaria e seguirmos falando. Peguei-me como quem nom quer a cousa ao grupo de perto de vinte pessoas que seguia a Ana e ao Alberte, escutando calado a todos, eram umha colecçom de gente maravilhosa e que amavam a Galiza com independência de que alguns nom foram galegos ou galegas, eu estava calado como si aquele nom fora o meu sítio, escuitando a todos. A minha esquerda estava Paloma, umha moça de Sárria, longe mais com contacto com os olhos Alberte, Ana falava com o Alexandre, e eu calado sentia-me feliz, - é o demo nom ter tempo em Madri para vir a esta escola de idiomas, pois paga a pena ainda que fora só pola companha -. Era tarde e nom queria romper o mágico momento, erguim-me fum a barra a pagar, tudo estava pago, saim sentindo-me um velhote no médio de tanta juventude e entusiasmo, e caminhei na noite fria mentras olhva nas ruas o sil escuro deslizando-se entre as montanhas que amo.

segunda-feira, maio 29, 2006

Silvia Ribas, secretaria xeral de Fala Ceibe demandou

Mesa xuntou en Santiago máis de 10.000 persoas a favor da lingua

O idioma será tema preferente na discusión do novo Estatuto Perfecto Conde
Arredor de dez mil persoas participaron na manifestación en defensa da lingua que foi convocada pola Mesa e tivo lugar en Santiago no mediodía do mércores 17 de maio. Asistiron a ela o vicepresidente da Xunta, Anxo Quintana, o conselleiro de Medio Rural, Alfredo Suárez Canal, o de Industria, Fernando Blanco, e a conselleira de Vivenda, Teresa Táboas. Dos conselleiros do BNG, só se rexistrou a ausencia da titular de Cultura, Ánxela Bugallo, que tivo que viaxar a Sada para os actos institucionais desta data tan sinalada. Dende 1987, data na que houbo a primeira expresión popular parecida, esta foi a ocasión na que participaron máis persoas.
Non era como o Día da Patria Galega, pero había case tanta xente e o ambiente era algo parecido. Boa ocasión, polo tanto, para saudar os amigos que están espallados por toda Galiza e que sempre acoden a Compostela cando toca defender os intereses do país. O meu veciño de Xinzo -o da Pontenova e non o da Limia- Xosé Manuel Méndez, bo gaiteiro e mellor acordeonista, mestre nacionalista polas terras do Condado dende hai moitos anos, saudoume con toda a súa enorme cordialidade:-Paisano, só nos vemos cando hai toque a rebato.-E cando comenza a medrar o millo, díxenlle eu por facerme o poeta primaveral.

Froitos que chegarán
Anxo Quintana defendeu no seu discurso entender a lingua como o maior dos tesouros. “Esta manifestación é unha oportunidade para deixar de chorar polo galego, para estar orgullosos do idioma e para comprometerse coa súa utilización e coa súa defensa”. O vicepresidente tamén opinou que “nun mundo globalizado só podemos ser alguén se o somos coa nosa identidade, e a nosa identidade ten unha marca senlleira que é o noso idioma”. Quintana defendeu o compromiso de goberno adquirido respecto á lingua: “Son a persoa máis impaciente do mundo, e, en materia lingüística, tamén, pero como Goberno tócame pedir paciencia dende o convencemento de que estamos traballando na liña adecuada, e os froitos acabarán por chegar”.E a manifestación comezou a andar ondeando Senra arriba como se fose unha cobra que torcía cara a Doctor Teixeiro, para seguir o itinerario que sempre leva a celebración do Día da Patria. Francisco Rodríguez, ao lado de Bieito Lobeira, marchaba agarrado a unha pancarta que se pronunciaba, sobre cores azul e vermella, por “Un novo status para o galego”. Perto del, turnándose tamén no transporte da proclama, Fernando Blanco, Alfredo Suárez Canal, Luís Barcia, Ana Pontón e outros. O escritor lugués Lois Diéguez mostrábase moi activo. A súa pancarta poñía: “Actívate. Defende os teus dereitos lingüísticos”. E Os da Mesa (Xosé Manuel Sarille, Carlos Callón, etc.) foron os máis escribidores. “Porque temos, porque queremos, porque debemos. O galego: un dereito, un deber no Novo Estatuto. O Estatuto da Normalidade Lingúística”.

Na Galiza, en galego
Os rapaces de Galiza Nova foron os máis breves, pero moi contundentes. “Na Galiza, en galego”, rezaba a súa proclama. E que graza tiñan os nenos coa súa pancarta: “Queremos medrar en galego”. Ou os máis pequechos aínda, coa súa: “Non nos pises”.

Dereito de opción lingüística
A praza da Quintana, coma sempre, mostrouse acolledora e as campás da Berenguela, respectuosas co que estaba a acontecer. Foise dando conta dunha longuísima lista de personalidades, insitucións e diversas entidades que mandaron a súa solidariedade coa defensa da lingua. Logo, unha restra de persoas leron cada un dos apartados do manifesto da Mesa pola normalización da lingua, salientando a problemática concreta que o Novo Estatuto podería e debería solucionar.Mercedes Queixas, unha nai que está vendo como a escola actual está a cambiar a lingua dos seus fillos, leu a petición de que se lle recoñeza ao idioma galego a condición de lingua vehicular no ensino non universitario.Anxo Penabade, un ferrolán que foi reprendido por falar en galego nun estabelecemento público de McDonald’s, pediu que se garanta o dereito de todos a sermos atendidos oralmente e por escrito en galego na condición de usuuarios e consumidores de bens, produtos e servizos.Tereixa Navaza, traballadora da TVE, reclamou que se consigne o uso preferente do noso idioma nos medios de comunicación públicos, incluídos os dependentes do Estado.Carlos Outeiro e Ana Varela, unha parella que se viu obrigada a casar con intérprete para poder facelo en galego, pediron que se regule o uso preferente do galego por parte de todas as administracións públicas situadas en Galiza, o que inclúe tamén a administración xeral do Estado e a administración de Xustiza.Lois Diéguez tivo que cambiar cinco veces de notario para facer unha escritura de compra-venda en galego. Na manifestación solicitou que todos os integrantes da maxistratura, notarías, fiscalía e rexistros, para prestar os seus servizos en Galiza, acrediten un coñecemento adecuado e suficiente do galego que garanta o dereito de opción lingüística.

Silvia Ribas, secretaria xeral de Fala Ceibe, do Bierzo, demandou que o goberno galego fomente singularmente o uso da lingua galega nas zonas galegofalantes do exterior da comunidade autónoma de Galiza.

Tamén leron outros fragmentos do manifesto o escritor Bieito Iglesias, a profesora Carme García Negro, Patricia Arias Cachero, Xosé Manuel Sardiña e unha moza, Montse Irago, que foi despedida do traballo por falarlles en galego aos seus compañeiros.E chegoulle a quenda ao presidente da Mesa. Carlos Callón deixou moi claro que, sen deber de coñecer o galego, non pode haber dereito a usalo. E teimoucoas ideas que deben inspirar o Novo Estatuto. “Ten que servir -dixo- para evitar as discriminacións lingüísticas que aínda se continúan a producir na actualidade. Ten que ser un Estatuto de tolerancia cero coa discriminación lingüística e que non permita que os cidadáns que queiran utilizar o galego sexan tratados como obxectores de conciencia”.En declaracións feitas para A Nosa Terra, despois de mostrarse moi satisfeito polo resultado da convocatoria, dixo que “agora hai que esperar que todas as forzas políticas escoiten a voz da cidadanía, expresada hoxe, e fagan que o Novo Estatuto signifique un paso adiante para a nosa lingua”.

sábado, maio 27, 2006

O PROCESO RECLAMADOR DE FALA CEIBE DO BIERZO (1998-2006)

FALA CEIBE: O PROCESO RECLAMADOR NO BIERZO (1998-2006).
Secretaría de Comunicación
falaceibe@yahoo.es

A Asociación cultural Fala Ceibe naceu en 1998 como reacción á negación por parte da Dirección Provincial de Educación de León a permitir o ensino da materia de galego no Instituto Álvaro de Mendaña de Ponferrada. Este feito antigalego permitiu tomar conciencia da necesidade que había de autoorganizarse para defender os nosos dereitos lingüísticos. Pola outra banda, Fala Ceibe concentrou as súas actividades reivindicativas en Ponferrada, intentábase así abrir unha nova fronte galeguista, distinta á tradicional que representaba o eixe Corullón-Vilafranca, e deste xeito contaxiar culturalmente ao resto da rexión berciana. Sabiamos ben que a proxección reclamativa dende Ponferrada demostraríase máis eficaz para a difusión ideolóxica, tanto no territorios comarcal e provincial coma nas Comunidades Autónomas de Castela e León e Galicia.

Fala Ceibe tivo como señeiro obxectivo conseguir o ensino da nosa lingua galega nos centros escolares do Bierzo. Así, ante la demanda social de aprendizaxe de galego, non satisfeita pola administración daquela, a nosa asociación tivo que impartir clases desta materia (2000 e 2001). Lembramos que durante algúns cursos xa ofertara galego no colexio da Ponte Domingo Flórez. Pero houbo que presionar moito ás administraciois, primerio á estatal e logo á autonómica, para finalmente lograr que a Xunta de Galicia e a Junta de Castela e León sinasen o necesario Acordo de Colaboración para o ensino do galego no Bierzo (Vilafranca, 18 de xullo de 2001). Este convenio regulou dun xeito parcial a aprendizaxe da nosa lingua propia nos centros escolares. Curso tras curso novos colexios de Corullón, Vilafranca, Cacabelos, Carucedo, Toural dos Vaos, Toural de Meraio, A Ponte Domingo Flórez, Camponaraia e Ponferrada (A Placa, V. García Yebra, Compostilla-Compostela, IES Europa e Escola Oficial de Idiomas). Pero aínda resta moito por facer, quedan os colexios da Veiga de Valcarce, Carracedelo, Quilós, Columbrianos... en cuxas poboaciois facemos campañas (O galego na EOI... 2002, Non che mordas a lingua... Corre a voz... 2003, Cada curso somos máis... Non cales nunca máis... 2003, Enrédate en galego... A eleccion de futuro... A qué esperas... 2004), buzoneos de carácter anual para concienciar sobre a necesidade de ofertar galego nos seus centros. Tamén temos que resolver o problema da inclusión neste programa de ensino galego no Bierzo aos colexios de carácter privado.

Fala Ceibe pretende acadar unha posición de vangarda dentro do movemento reclamativo comarcal, así como ostentar certa representatividade da comunidade galegofalante do Bierzo. Cando non chegamos a pactos co resto de colectivos galeguistas, Fala Ceibe tirou para diante soa. Este foi o caso da nosa iniciativa polo recoñecemento do galego no Estatuto de Autonomía de Castela e León (acadado a fines do 1998), que necesitou dos contactos con partidos estatais e cos nacionalistas galegos. Outros colectivos que non nos apoiaron por tal actitude política, logo tiveron que aceptar o noso acerto e ben que se aproveitaron dos nosos resultados finais. Esta diferencia estratéxica está condicionada pola necesidade que outros grupos culturais teñen de estar a ben co poder que lles subvenciona as súas actividades, cando non lles paga os soldos.

Fala Ceibe é unha organización valente e loitadora que procura a defensa dos dereitos culturais dos galego-falantes do Bierzo. O noso debate autónomo permítenos non depender ideoloxicamente das directrices que emanan dos centros de poder político e académico de dentro ou de fóra do Bierzo, ao contrario que acontece con outros colectivos. Exemplo disto foron as desputas polo uso das normativas lingüísticas do galego que tamén nos afectaron (2005). A resposta de Fala Ceibe foi respectar estatutariamente esta liberdade de expresión plenamente, e por iso discrepamos das imposiciois que outros grupos impoñen. Esta concepción aberta da reclamación permite o establecemento de negociaciois estratéxicas con todos, por principio non estamos pechados a ninguén. A nosa principal arma é o diálogo, e non rexeitamos o cara a cara cos que nos consideran erroneamente como perigosos por cuestionar as conservadoras estruturas políticas, territoriais, culturais, etc establecidas polos diversos poderes dominantes. Por esta forma de pensar somos considerados radicais pero non nos importa porque coñecemos ben cal é o noso papel na vangarda reivindicativa no Bierzo.

Fala Ceibe quere dar resposta ás necesidades culturais da comunidade galegofalante do Bierzo. Velaí a oferta anual de actos culturais, entre eles logramos consolidar a celebración do Día das Letras Galegas, que agora é celebrado tamén por outros colectivos culturais no Bierzo. Aproveitando esta data cultural sobranceira, cada maio facemos doazón de libros galegos ás bibliotecas escolares e municipais, organizamos conferencias sobre o personeiro homenaxeado, presentamos novidades editoriais (editorial Biblos, proxectamos películas en galego (2003 e 2004), concedemos os premios escolares (Frei Martín Sarmiento, 2002), realizamos recitais poéticos, sesiois de contacontos, actuaciois musicais e demais.

Fala Ceibe sufre como o resto da comunidade galegofalante do Bierzo a falta de medios de comunicación que permitan a plena liberdade de expresión en galego. Razón pola cal tivemos que crear outros medios alternativos para poder difundir a nosa mensaxe galego-berciana. Froito deste esforzo son as revistas Porcoespiño (2000) e Berro do Leste (2005). Pero o grande pulo comunicacional conseguímolos na internet coa consolidadción da nosa web (www.falaceibe.tk). Deste xeito podemos expresarnos directamente en galego e dar a coñecer os nosos pequenos traballos de investigación histórica, filolóxica, xurídica, etnolóxica e demais. Este labor pescudador serve para que a comunidade galego-falante do Bierzo tome máis conciencia da súa importancia como grupo etnocultural diferenciado dentro da Comunidade Autónomade Castela e León. Fala Ceibe tamén cumpre dende o comezo un salientable papel como colectivo galego-berciano que subministra información periódica aos diversos medios de comunicación de Castela-León e Galiza.

Fala Ceibe demostra continuamente a súa posición de vangarda no Bierzo cando reclama a defensa dos dereitos culturais asoballados ante os defensores do pobo (Defensor do Pobo estal, Valedor do Pobo galego e Procurador do Común de Castela e León), os foros políticos (Europarlamento en 2001, Cortes Xerais e Parlamentos autonómicos de Galiza e Castela-León) e as administraciois (Junta de Castela-León, Xunta de Galicia, Consello Comarcal e mailos concellos bercianos.

Fala Ceibe tamén realiza numerosas campañas relacionadas coa defensa e a promoción da nosa lingua galega. Son os casos das actuais que pretenden un maior recoñecemento do noso idioma propio (O galego, idioma cooficial... 2003) nos Estatutos de Autonomía de Castelá-León e no Estatuto Comarcal do Bierzo. Outras campañas tiveron relación co uso do galego nas administraciois locais (Os concellos bercianos bilingües xa... 2004), así como a recuperación da toponimia galego-berciana (A toponimia en galego... 2003). Tampouco podemos esquecer a que diriximos ao sector comercial (En galego vendes máis... 2004), a que pretendía concienciar aos medios de comunicación bercianos no uso do galego (Liberdade de expresión en galego... 2004) ou a recollida de sinaturas para que a CRTVG informase máis sobre a nosa problemática cultural (2005). Estas campañas repetímolas periodicamente mediante a edición de folletos, os correspondentes buzoneos e mailas pegadas de cartelería polos pobos do Bierzo.

Ponferrada, maio de 2006.

sexta-feira, maio 26, 2006

o bierzo em galego

CARTAZ DIA DAS LETRAS GALEGAS NO BERZO

manifestacion di DIA DAS LETRAS GALEGAS EM COMPOSTELA 17-2006

O português na L.O.E.

Dores Valcárcel Guitiám*
A nova lei de educaçom que vem de entrar em vigor, a LOE, estabelece a obriga de estudar umha língua estrangeira dentro do tronco comum de matérias obrigadas para o ensino primário e secundário e, ainda que formalmente nom se indique, esta será na prática o inglês, sem nengumha dúvida.[+...]Os desejos na Galiza de que o português fora língua estrangeira de estúdio obrigado estám quebrados. Fica aberta a possibilidade de que esta língua tenha presencia como matéria optativa. As Comunidades Autónomas tenhem total competência no eido da optatividade e deverám desenvolver a legislaçom correspondente. Polo de agora, o espaço da futura optatividade na distribuiçom horária dos alunos é térreo escuro e lamacento. O que parece seguro é que, de ficar lugar para as línguas estrangeiras além do inglês nos centros da Galiza, esse será compartido entre as seguintes: alemão, francês, português. Ficam assi também quebrados os desejos de que outras línguas estrangeiras deixem o seu sitio ao português. Se no futuro catálogo de matérias optativas que publicará a Conselheria de Educaçom existirem moitas alternativas doutras matérias a este triple abano de línguas estrangeiras, como se pode aguardar, estas últimas terám moitas dificuldades todas três para existirem já que as Segundas línguas estrangeiras serám cursadas polos alunos durante vários anos seguidos mentres as demais optativas alternativas a elas, com um breve programa para um só curso, detraíram alunos por vários anos às anteriores. Actualmente, a funçom principal da optatividade no ensino secundário passou a ser, na prática, a de completar horário ao professorado. O mercado de optativas criado polo próprio centro esgota em moitas ocasiões o enorme e incrível catálogo oficial de optativas. É ademais moi atraente para o professorado, pois tratando-se de matérias sem progressom que se cursam num só ano nom requerem tanto esforço nem responsabilidade. Por outra banda, a lassitude com respeito ao número de alunos estabelecido na lei para poder formar grupo de optativa contribui a este atractivo. Nom é o caso da optativa Segunda língua estrangeira que tem seis anos de progressom, é de oferta obrigada para o centro e a sua existência nom é votada polo professorado. Nesta situaçom, actualmente em muitos institutos a optativa Segunda língua estrangeira ocupa a um único professor, normalmente de francês, com dificuldades a dous. Compre saber isto para calibrar se vam poder existirem as línguas estrangeiras em tam minguado espaço. A sua existência será impossível se com os votos de quatro companheiros amigos (no melhor dos casos) o centro pode decidir o número optativas a ofertar. Por outra banda, desde há já mais de quinze anos, os institutos tenhem competência para ofertar português (ou outra) como Segunda língua estrangeira e nada formalmente impede que se poda fazer. Esta realidade existe de feito nalguns institutos onde sobre todo os Departamentos de castelám e de galego ademais doutros tenhem renunciado ao mercadinho das suas próprias optativas anuais. Compre perguntar-se de que jeito existem nos países europeus onde desde há mais de cinquenta anos, em muitos deles, todos os alunos do Ensino Secundário cursam obrigatoriamente duas línguas estrangeiras, às vezes três, sendo neste caso a terceira optativa. Assim por exemplo, a oferta mínima dos institutos franceses é de três línguas estrangeiras chegando moi frequentemente a quatro, cinco e seis nalguns centros. Agora bem, nada podem decidir os professores dos mesmos sobre esta existência. Coexistem desde o respeito à libre escolha de alunos e à diversidade cultural e desde a consideraçom de serviço e bem público a preservar e fomentar, pois para servir à globalizaçom já está o inglês, fazendo realidade aquele velho desejo de W. Ogden: «What the world needs is about 1.000 more dead languages and one more alive». No entanto, aqui tem-se dado o caso de que existindo só um ínfimo número de alunos em primeiro de ESO que optavam por unha Segunda língua estrangeira , se tratou de ofertar outra língua mais para que disputara esse mísero espaço, e tivera que saltar o professor em questom pouco querido polos solicitantes, e naturalmente a proposta fazia-se sem renunciar as outras optativas ofertadas polos Departamentos. Nom se pode planificar este assunto desde tal primitivismo e desde o corporativismo professoral mais encabujado. Que espaço lhe vai ficar pois no futuro imediato ao português língua estrangeira na Galiza? Pois, ofertado desde a livre escolha do aluno como matéria optativa, nom pensamos que tenha maior sorte da que o francês ou alemão, em absoluto. Estas línguas, som igualmente atraentes para muitos e é tam certo que vam estar presentes nos centros de ensino da UE como o é que umha das razões primeiras da existência da unidade de Europa foi evitar umha nova guerra franco alemã. É curioso que moitas das vozes que reclamam o estudo obrigado do português como língua estrangeira na Galiza nom percebam que essa sorte só lhe está reservada ao inglês (e nem sequer formalmente) e que como matéria optativa Segunda língua estrangeira o português vai ter que entrar na lide da nom obrigatoriedade com mais línguas. Poderia entrar o português na obrigatoriedade da língua materna, ainda que só fosse como curmão? Ninguém nos médios académicos ousa hoje negar que português e galego som o mesmo sistema linguístico, e que só a fala presenta variedades. A ausência do português na maioria dos institutos síntese como algo suspeitoso, escandaloso. Mas serám quem os professores de galego de agarrar o touro polos cornos e nom se agachar no reduto pouco frequentado da optatividade? Como é que há tantas vozes de professores de galego reclamando para o estudo do português um posto de honra na Galiza? Em que se baseiam ? Por caso na proximidade geográfica? Entom como é possível que durante os doze anos de estudo do galego um aluno nom tenha visto um só texto português, nom tenha ido nunca de intercâmbio a Portugal, nem conheça umha cançom portuguesa. Será por culpa das outras línguas? * Artigo publicado no periódico «A Nossa Terra» de 25 de Maio de 2006.

uma crónica do DIA DAS LETRAS GALEGAS NO BERZO por CONCHA ROUSSIA.

Algo mais sobre as nossas letras (I)
Un artigo de: Concha Rousia
[23/05/2006]

Viagem entre as raias. Parte I:

As adormideiras Entre o envio do meu anterior artigo "Volve o 17 de Maio..." e o próprio dia 17, fiz uma viagem que começou em Santiago de Compostela para ir ao Bierzo primeiro, e prosseguir depois para Trás-os-Montes.
Partimos o dia 11, sexta-feira, ai contra o meio-dia, pola estrada que leva mesmo perto de Guitiriz, para apanharmos a autovia com direcção a Ponferrada, lugar do nosso primeiro destino. Paramos a jantar na formosa Vilafranca, onde nos desenvolvemos com a nossa língua sem qualquer problema. Éramos nos sós a falar galego no restaurante, mas o camareiro respondia como se todos, ele mais nos, estivéssemos a falar no mesmo idioma. À minha filha, que fez seis e anda nos sete, isso não a chocou, está já afeita. Logo de jantar uma carne que todos qualificamos de excepcional, prosseguimos o nosso caminho para chegar a Ponferrada, onde os amigos de Fala Ceibe nos aguardavam para festejar as nossas letras.O acto, presidido pola elegantíssima Sílvia Ribas, coordenadora dos diferentes eventos, começou com a entrega de prémios aos homenageados: Aquilino Poncelas e Alicia Fonteboa. Ambos os dous professores, que dedicam os seus esforços a lutar pola defessa da nossa língua, falaram da importância que tem a escola para poder seguir a manter vivo o galego no Bierzo; e talvez, se se espreitava com atenção, se adivinhava uma queixa polo abandono que levam sofrido por parte da administração galega, só por eles terem sido excluídos pola raia administrativa. Eu tive a sensação de que por primeira vez pensava neles como penso nos Palestinos aos que lhes toca viver nos territórios ocupados. Aquilino Poncelas dizia, em conversa privada, e com toda a razão do mundo: "...vos tendes a lei da vossa parte" e a mim essas palavras fizeram-me sentir em déveda com eles, com todos eles. "...se o galego –seguia a dizer ele- padece na Galiza, e precisa de cuidados para se recuperar, aqui está já a precisar de primeiros auxílios..." Ele viera de Bilbau onde exerce como professor de lengua e literatura só para celebrar as nossas letras. Eu apercebi-me de que se calhar ele tinha mais direito à decepção e ao desencanto do que eu, e ainda assim e tudo continuava, sem trégua, a sua luta. Admirei o seu espírito. Atrás de Alicia e Aquilino falou Felipe Lubián, essa lenda viva da que pouco posso eu dizer que se não saiba. (http://www.vieiros.com/entrevista/lubian.html) Ele é uma instituição para o galego, e leva conseguido mudanças administrativas importantes para a nossa língua na comunidade de Castela e Leão. Falou de como quando ele era pequeno, ele nasceu no ano 52, nunca teve problemas para falar galego na escola, porque dera com verdadeiros mestres; mentres que hoje em dia, os pequenos das aldeias das Portelas têm que esconder a sua língua antes de entras nas escolas, porque professores ignorantes desconhecem os direitos linguisticos destas terras.Atrás destas intervenções vieram as obras de teatro, e as leituras da obra de Manuel Lugris, por parte dos meninhos e meninhas do Bierzo. Foi tenro e divertido. Aos miúdos seguimo-los os que levávamos algum poema para a partilha. Eu levava nas minhas palavras as ondas do nosso mar, desse mar que quando abraça a terra fala a nossa língua e portanto é também o mar do Bierzo, ele não entende de raias administrativas sem sentido. A poesia foi continuada pola música, gaitas primeiro, e o acordeão de Servando depois, encheram a sala de cantares e de risas dos que ouviam por primeira vez a copla do Manuel do Campo quando ele quisera casar com a burra... O ramo desta parte da festa puseram-no os de Abertal, agrupação de pandeireteiras e baile, que levaram a festa para fora do edifício. Música e dança atraíram a gente que, sentindo a chamada das gaitas no seu interior, se foram achegando, outros assomavam das janelas e espreitavam desde a distância esta música que nós todos, hoje, queríamos que Ponferrada, e o Bierzo inteiro, sentissem...Rematada a foliada um grupo de galegos e galegas, alguns do Bierzo outros não, fomos cear ao Navia, e agora sim veio a valorização da experiência por parte dos que não estamos afeitos a vir a Ponferrada. Todos concordamos em ter experimentado a sensação de ser bem entendidos quando falava-mos, mas quase nunca ouvíamos falar na nossa língua mas que quando aparecia uma frase solta no meio do castelhano "...uma firminha..." ou como disse a mulher do café onde estivera o Alexandre, quando lhe caiu a caixa com as saquetinhas do açúcar ao chão: "...alá vai...!" e o homem e a mulher que da esquina do balcão olhavam a cena que interrompia a sua conversa em castelhano dizem, talvez até sem eles próprios escutarem-se: "...que foi o que passou?" "não che sei..." Todos e todas nós experimentáramos o pressentimento de que o galego fica dentro das pessoas todas, mas fica como anestesiado, e eu não posso parar de pensar se todas essas adormideiras que inçam os formosíssimos arredores da cidade terão algo a ver...Pola noite o encerramento tive lugar no pub "La Gatera" com o concerto de Servando e a apresentação do seu disco "Som Voltas" Aqui, neste local, onde, em lugar de máximo destaque, está a nossa bandeira da estrela junto com uma de Nunca Mais, e um mural de Bierzo Livre pintado na parede em azul branco e negro, a festa foi a rachar; a imparável dança fez suar até as pedras todas das paredes do pub. Logo foram-se somando à festa mais e mais moços e moças, e embora o seu galego não era ele lá muito fluido, ha que dizer que houve algum que fez falar gaita, pandeireta, e tarranholas como poucas vezes eu ouvi na minha vida. Finalmente houve que ir em silêncio para o albergue onde os peregrinos desde bem cedo dormem. A caminho do albergue demos a volta para passarmos pola beira do castelo para ver se Nerea conseguia ver o dragão, acho que o sono (eram mais das duas da manhã) lhe permitiu algum auto-engano divertido. Mentres ela andava a procura do dragão eu espreitava as ruas e praças que estavam inçadas de gente nova, e tive a sensação, não sei se acertada, de estar numa cidade desnorteada, numa cidade à que lhe falta a certeza duma identidade; e foi ai que alguém, como se andasse a pensar o mesmo que eu, disse que adivinhava que toda a Galiza se converterá em algo similar a isto se a desfeita da língua não se para. Um calafrio percorreu o meu coiro. Este arrepio somado às palavras do Aquilino falando da necessidade de primeiros auxílios para o galego no Bierzo deixaram em mim a impressão de ter visitado o frente duma guerra, frente no que eu me julgara desde os 14 anos, mas aqui vim a compreender que só na retaguarda é que eu tinha estado. Fomo-nos para o albergue, amanhã havia que erguer-se cedo e continuar a viagem para Trás-os-Montes, na outra raia administrativa. E ainda bem que em chegando lá receberíamos o efeito contrário ao que daqui levávamos, ou isso era o que eu antecipava, mas... mal pensava eu o que me aguardava por descobrir.

sábado, maio 20, 2006

DÍA DAS LETRAS GALEGAS NO BIERZO 12 DE MAIO DE 2006

CELEBRACIÓN DO DÍA DAS LETRAS
GALEGAS 2006 EN PONFERRADA,
POR FALA CEIBE DO BIERZO.

A Asociación Cultural Fala Ceibe do Bierzo organiza un ano máis o Día das Letras Galegas 2006 en Ponferrada. Nesta ocasión o acto principal terá lugar o venres 12 de maio, no salón de actos do Campus de Ponferrada da Universidade de León, desde as 5.30 horas. E por iso aproveitamos esta grata ocasión para convidarlles a participar nas actividades programadas.

Neste ano 2006 todas as comunidades galego-falantes da Comunidade Autónoma de Galicia, de Navia-Eo de Asturias, do Bierzo, das Portelas da Alta Seabra zamorá, do val do Ellas cacereño e os colectivos de emigrantes galegos en xeral organizamos actos culturais en homenaxe a Manuel Lugrís Freire (Sada, 1863- A Coruña, 1940), destacado galeguista, xornalista, xurista, poeta e autor teatral. Fala Ceibe únese a esta merecida homenaxe desde Ponferrada, y para iso contamos coa valorada colaboración de distintos colexios bercianos que imparten clases de galego, a través da participación activa do seu alunado no acto cultural. Tamén contamos coas correspondentes actuacións musicais por parte de grupos galegos e bercianos.

Fala Ceibe tamén fará durante este acto cultural que comentamos unha merecida homenaxe ao escritor e profesor ancarés Aquilino Poncelas Abella e á profesora e investigadora Alicia Fonteboa. Esta foi unha das persoas impulsoras do ensino da materia de galego no Bierzo, ademais publicou o libro “Literatura de la tradición oral en El Bierzo” (1993), así como numerosos artigos de investigación filolóxica na revista Estudios Bercianos, e participa na elaboración do “Atlas Lingüístico del Bierzo (ALDI)”, editado polo Instituto de Estudios Bercianos. Pola otra banda, Aquilino Poncelas Abella defende a dignificación da lingua galega do Bierzo, e publicou varios libros nos que se recolle relatos da nosa literatura oral en galego-berciano, entre eles salientamos “Estorias e contos dos Ancares” (1987), “O mestro púxose louco (1995) e “Contos e lendas do Bierzo” (2004).


Silvia Rivas Remiceiro,
Secretaria de Organización.
Tfno. 600627399.
Asociación Cultural Fala Ceibe do Bierzo,
Apdo. postal 257, 24400 Ponferrada.
falaceibe@yahoo.es
http://www.falaceibe.tk

FALTA DE INFORMACIÓN ESCOLAR SOBRE O ENSINO GALEGO NO BIERZO

CARTA-QUEIXA DE FALA CEIBE DO BIERZO
AO PROCURADOR DO COMÚN DE CASTELA E LEÓN
(VALEDOR DO POBO REXIONAL)
SOBRE A FALTA DE INFORMACIÓN ESCOLAR
EN MATERIA DE ENSINO DO GALEGO.
falaceibe@yahoo.es

A Asociación Cultural Fala Ceibe do Bierzo (www.falaceibe.tk) remesa Carta-queixa ao Procurador do Común de Castela e León sobre a falta de información escolar, en materia de ensino do idioma galego en O Bierzo, por parte da Dirección Provincial de Educación de León. Consideramos moi grave que se oculte deliberadamente á comunidade escolar en xeral a posibilidade que hai de estudar galego de forma voluntaria nos centros escolares de O Bierzo.

Fala Ceibe denuncia de novo a intencionalidade manifesta e continuada, por parte da dita Dirección Provincial de Educación de León, de non informar axeitadamente sobre a actual oferta escolar do ensino da lingua galega en O Bierzo. A nosa demanda baséase no contido na “Guía del estudiante del Curso 2005-2006”, referida á oferta escolar da provincia de León, editada pola Junta de Castela e León. No interior desta dita Guía oficial xorde a relación de todos os centros educativos públicos de ensino infantil e primaria (da páxina 17 á 21) e mailos correspondentes institutos (da páxina 32 á 38). Pois ben, en todos aparece unha completa información de diversos servizos que se presta en cada un de eles. Incluso nalgúns centros se indica tamén que contan co correspondente profesor de portugués. Sen embargo, en ningún deles xorde a referencia a que se imparten actualmente clases de idioma galego. A única excepción a este deliberado ocultamiento lingüístico é o caso da Escola Oficial de Idiomas de Ponferrada, na páxina 49 da comentada “Guía del estudiante” aparece a referencia a que se imparten 1º e 2º de Galego.

Fala Ceibe denuncia un curso máis a falta de obxectividade por parte da Dirección Provincial de Educación de León á hora de informar adecuadamente sobre a real oferta educativa da materia optativa de idioma galego nos centros escolares de O Bierzo. Neste sentido teimamos en que a Resolución do Procurador do Común de Castela e León, de febreiro de 2002, xa nos deu a razón á hora de facer unha demanda informativa semellante. Cómpre lembrar agora a todos e todas o contido concreto desta anterior Resolución da Oficina do Procurador do Común. No punto 5 das conclusiois dese documento (páxinas 5 e 6) lemos o seguinte. “Que se realice desde la Consejería, previamente a la finalización del curso 2001-2002, una campaña informativa sobre el Acuerdo de Cooperación entre la Xunta de Galicia y la Junta de Castilla y León para la promoción del idioma gallego en los territorios limítrofes de las Comunidades Autónomas, con el fin de que todos aquellos centros docentes que estén interesados puedan tener conocimiento de la posibilidad de impartir la enseñanza de la lengua gallega en el próximo curso 2002-2003”.

Fala Ceibe dirixese ao Procurador do Común Castela e León para que valore se esta insuficiente información sobre a actual oferta educativa, da materia voluntaria de lingua galega nos centros escolares de O Bierzo, contida na dita “Guía del estudiante” debe ser completada e actualizada para o curso 2006-2007. Pedimos á Oficina do Procurador do Común que inste á Consejería de Educación, da Junta de Castela e León, a que cumpra coa obliga legal de informar obxectivamente sobre a real oferta escolar pública nos centros escolares da provincia de León.

Ponferrada, luns 24 de abril de 2006.


Asociación Fala Ceibe do Bierzo.
Apdo. postal 257, 24400 Ponferrada.
http://obierzoceibe.blogspot.com

quinta-feira, maio 18, 2006

O GALEGO ADIANTE NO BIERZO

O GALEGO ADIANTE NO BIERZO,
Por Xabier Lago Mestre.

O novo curso escolar 2005-06 presenta para o alunado berciano a novidade de poder estudiar o idioma galego como unha materia optativa máis en cuarto do Ensino Secundario Obrigatorio. A correspondente Orde da Consellería de Educación da Junta de Castela e León, de xullo de hogano, regula o currículo da asignatura de Lingua e Cultura Galegas, concretando os seus obxectivos, contidos e criterios de avalidación. A súa oferta por parte dos centros educativos de O Bierzo non require previa autorización da Dirección Xeral de Planificación e Ordenación Educativa castelá, e deberá ser impartida por profesorado habilitado en idioma galego. É importante indicar que a aprobación desta nova materia polo alunado servirá para obter a correspondente titulación oficial por parte da Xunta de Galicia.

Así pois, os bercianos conseguimos un novo avance no ensino da nosa lingua territorial nos centros escolares. Recordemos que o proceso de incorporación do idioma galego ao sistema educativo tomou un novo pulo coa sinatura do Acordo de Colaboración entre a Xunta de Galicia e maila Junta de Castela e León, en Vilafranca o 18 de xullo de 2001. Con esta nova medida educativa damos un salto cualitativo no ensino do galego porque agora se recoñece a competencia lingüística cun maior nivel académico no ESO.

O que hai que denunciar unha vez máis é que a Consellería de Educación castelá siga sen cumprir as recomendaciois do Procurador do Común (febreiro de 2002 e decembro de 2004) sobre a necesidade de realizar unha campaña escolar axeitada da actual oferta da materia de lingua galega nos distintos niveis educativos e centros de O Bierzo. Razón pola cal aproveitamos esta ocasión para informar á comunidade berciana sobre a comentada novidade educativa, e tamén para insistir nas vantaxes que supón a aprendizaxe do idioma galego.

Estudiar galego permite recuperar este valioso patrimonio lingüístico berciano. Ademáis a aprendizaxe do noso idioma territorial resulta moi doado porque O Bierzo histórica, xeográfica e culturalmente ten moito de galego (paisaxe, toponimia, tradiciois, arquitectura rural, música, gastronomía, etc). Rexeitar estes concretos vincallos, quizáis por mor duns ilóxicos prexuízos antigalegos, é negar a nosa existencia como bercianos cunha idiosincrasia colectiva diferenciada. Tampouco debemos olvidar ese alunado berciano que ano tras ano opta por continuar os seus estudios nalgunha das tres universidades galegas, e que grazas ao coñecemento do galego de O Bierzo consegue integrarse millor nestes centros superiores. Outro tanto hai que dicir dos bercianos que aspiran a ocuparen un emprego público (Xunta, Sergas, universidades, deputaciois, etc) ou privado (medios de comunicación, comercio...) na veciña Galicia, e que necesitan saber galego. Que sempre será millor traballar a uns quilómetros ao oeste, onde un berciano se sente como na súa terra mai, que non ter que emigrar a Madrid, Cataluña ou Valencia. Asemade o coñecemento do galego nos permite o acceso a outros medios de comunicación (TVG, Radio Galega, internet e demáis) para ter unha información máis completa. E por último dicir que dende o galego hai un sinxelo paso ao portugués-brasileiro, medrando así a nosa eficacia políglota.

Todos sabemos que houbo unha fractura xeracional entre os bercianos con lingua familiar galega e os seus descendentes, escolarizados en castelao durante a segunda metade do século XX. Pois ben, a actual ensinanza do galego en O Bierzo está posibilitando que os neofalantes teñamos un protagonismo especial na recuperación da nosa lingua minorizada. ¿Cómo? normalizando o uso deste idioma nos centros escolares, prestixiándoo tamén a nivel familiar, veciñal e social, ou a través do activismo cultural que está favorecendo no fondo un verdadeiro “rexurdimento galego-berciano”.

Ponferrada, setembre de 2005.

SEMANA SANTA VINDICATIVA DE FALA CEIBE NO BIERZO

SEMANA SANTA REIVINDICATIVA
DE FALA CEIBE DO BIERZO.

Esta Semana Santa os ceibes aproveitamos para retomar a reivindicación máis directa. Así o venres madrugamos para coa manciña coller as bicis e saír cara a Cacabelos. Na saída de Ponferrada fixemos buzoneo na mesma avenida dos escritores, no novo barrio da antiga estación de vía estreita da MSP, logo tomamos a avenida de Galicia, de Camponaraia, deixando tamén os nosos carteis nas paradas do autobús. Á altura de Magaz de Abaixo puidemos desfrutar da vista do xeolóxico estreito, polo que o Sil penetra na Comunidade Autónoma de Galiza. O día era bo e soleado e con este tempo chegamos a Cacabelos, o noso destino.

Nesta vila de Cacabelos comezamos o buzoneo pola nova urbanización da Cooperativa de Viños, onda viven matrimonios xoves con fillos cativos, os nosos potenciais demandantes de ensino de galego nos centros escolares desta poboación. A razón deste buzoneo de Fala Ceibe era contrarrestar certa resistencia que hai por parte de alguis profesores do instituto de secundaria, Bergidum Flavium, ao mantemento da materia optativa de galego.No percorrido polas rúas da vila, casa por casa, comercios incluídos, atopamos unha procesión de Semana Santa. Tamén deixamos a nosa información vindicativa sobre a ensinanza do galego nos parabrisas dos autos que atopamos aparcados ao noso paso. Despois dun par de horas regresamos polo mesmo camiño feito ata Ponferrada.

O sabado seguinte concrentramos os nosos esforzos na capital Ponferrada. O noso obxectivo nesta ocasión foi o comercio. Repartimos cartas con folletos que incitaban a utilizar o idioma galega na rotulación, a cartelería, a propaganda e demais, baixo o eslogan de “En galego vendes máis... O Bierzo bilingüe amplía mercados”. Todo o centro da cidade foi buzoneano. Dende logo que agora o comercio ponferradino saberá máis da existencia de Fala Ceibe do Bierzo. Esta é unha forma máis de crear conciencia favorable ao uso comercial do galego na nosa rexión berciana.

O domingo tamén deixamos carteliños vindicativos nos parabrisas dos autos aparcados no centro de Ponferrada, e tamén realizamos unha pequena pegada de carteis de Fala Ceibe nas paredes da cidade. Ao día seguinte fixemos unha nova doazón de máis de 100 libros en galego á biblioteca da Casa da Cultura da capital berciana. Este lote de libros recibímolos da editorial Xerais de Vigo, e inclúe as últimas novidades en ensaio, novela, poesía, teatro e demais. Seguro que van vir moi ben para toda a poboación lectora do Bierzo, xa que esta biblioteca ten un claro carácter comarcal.

Rematamos dicindo que Fala Ceibe segue a traballar na súa estratexia reivindicativa ante as reformas dos Estatutos de Autonomía de Castela-León, Galicia e do Consello do Bierzo. Tamén traballamos na elaboración dunha nova carta-queixa para o Procurador do Común de Castela e León polo ocultamento deliberado do ensino do galego na documentación informativa da Delegación Provincial de Educación de León. Pola outra banda, a coodinadora do Día das Letras Galegas 2006 no Bierzo, Silvia Ribas, está ultimando a celebración desta festividade cultural galega para mediados de maio.

Ponferrada, abril de 2006.

terça-feira, maio 16, 2006

Máis dinamismo na información de Fala Ceibe

Olá amigas e amigos,
con este novo formato de web, pretendemos dar un maior dinamismo á información de Fala Ceibe, permitindo que os membros da asociación diseminados pola diáspora poidan engadir noticias con máis facilidade.

A web antiga de Fala Ceibe pode ser consultada igualmente cliqueando na ligazón correspondente.

Moitos saúdos:

Carlos
Fala Ceibe